A saga de andar de busão...
Não que me agrade andar de ônibus, mas tenho vários motivos pra fazer do meu trajeto uma boa saga. Primeiro que a gente tem tempo de fazer muitas coisas, escrever por exemplo. Não pela manhã porque além do sono, a falta de trânsito não me permitiria tirar nem meu lápis e bloquinho da bolsa. O negócio é na hora de voltar pra casa e assim, escrever as sagas acaba funcionando como “terapia”.
Mas análise pseudo-young-freudiana á parte, o fato é que o busão é local onde muita coisa engraçada pode acontecer.
a) Sempre tem alguém que cai sentado no colo de outra pessoa quando o ônibus freia bruscamente (háháháhá... não dá pra não achar graça!)
b) você pode escutar a conversa alheia sem o menor pudor: dois caras estavam conversando e um deles disse que estava assistindo ao show do Pato Fu. Achou chato e foi dormir. O outro então retrucou: “Que exagero! O Pato Fu levanta a galera! Nego levanta pra beber água, levanta pra ir ao banheiro...”
c) ver um estrangeiro atravessar o busão lotado sem querer incomodar os outros passageiros: “excuse-me”, “sorry”...
d) ver sua amiga sendo empurrada pela bunda por um tiozão amigo porque não conseguiu subir no ônibus devido á uma saia justa ( no sentido literal da palavra!)
e) pensar na vida e o que você já passou nela: tava voltando da aula de francês e uma turminha do Etapa adentrou ao bus e começaram a comentar sobre o professor de história, uma mistura de Mr. Bean com o ET ( do Et e Rodolfo ). Ops, pensei, acho que conheço essa pessoa. Afinal, como eu poderia esquecer do dia em que cochilei na aula do Gildo e acordei em meio á gritos e gargalhadas com a 2ª Guerra Mundial ao pé do meu ouvido?
f) Você pode ficar sabendo de uma fofoca ou uma notícia inédita, cujo envolvido nem sabe que fez tudo isso: Passando em frente ao Hotel Unique na Brigadeiro Luis Antônio (aquele que parece um navio com seus esquadros, ou uma lua, mas que o Ruy Ohtake imaginou como uma melancia), o carinha comentou: “Esse prédio é lindo! Obra (usou mesmo essa palavra!) do Oscar Niemeyer”. E o amigo do cara mais (in)sensato ainda: “Tá louco? O Oscar Niemeyer já morreu”. Pô, tudo bem que o cara tá velhinho, mas...
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