LOVE Ice-Cream

Verãozinho fora de época sempre me faz feliz. Acho que não foi à toa que vim ao mundo em janeiro porque simplesmente AMOOOOOOO os dias ensolarados. Já disse isso umas mil vezes por aqui!!! Daí que aproveitando que fomos até o Sukiya para almoçar e que, por uma felicíssima coincidência, fica bem ao lado de uma típica sorveteria (igual a sorveteria do Zé em Itápolis), o Alaska, sugeri aos amigos duas bolinhas do gelado para refrescar o calor de 37º que fez na quinta-feira em Sampa. Estou com minha delícia de doce de leite com amendoim e tagarelando com a Larissa quando se aproxima um cego:

- Por favor, tem algum banco Bradesco por aqui?

- Bradesco? (Olho em volta...) Sim, tem um do outro lado da rua.

- A senhora pode me atravessar?

- Claro! (E dou meu braço para ele, sem largar de tomar o sorvete, que seguro com a outra mão).

Caminhamos para a faixa de pedestres e esperamos o semáforo fechar. Demora e com o sol escaldante, meu sorvete começa a derreter. Tento em vão, tirar o sorvete das beiradas para ver se para de pingar. Além de tentar proteger, também em vão, que os pingos caiam em minha roupa. O farol não fecha para os carros.

- É bem movimentado aqui, né?

- Sim, tem muitos carros.

Podemos atravessar. Uma faixa até o meio e depois outra até o outro lado da calçada. Poucos metros até a entrada do banco.

- Pronto, chegamos! Cuidado, tem dois degraus.

- Tem algum segurança ou guarda por aqui?

Olho para dentro mas não tem.

- Tem um balcão de informações com um funcionário por lá, pode ser?

Deixo o rapaz cego com o cara do banco e volto para a rua, já com 45% do sorvete derretido em minhas mãos...

PIC: Afogatto: sorvete de creme com café expresso e chantily do Café Girondino