Salve Salvador!!!

Foi um longo percurso do Aeroporto até o Centro e chegar no Pelourinho, confesso, que causou um certo receio. Mesmo de táxi, os becos fechados em ruas estreitas e casinhas amontoadas me fizeram pensar: "onde é que estou me enfiando??" Fora a desconfiança de ser paulista em um lugar desconhecido, no Centro, de ser turista e ainda por cima com cara de japonês.

O Albergue das Laranjeiras, de fora, já parecia bem aconchegante. Nunca tinha me hospedado em albergue na vida e a experiência foi bem agradável. Bem simples na verdade, nem TV no quarto tinha, mas ter banheiro individual era um graaaande luxo que só fui descobrir mais tarde na Praia do Forte quando precisamos deixar o quarto ao meio-dia para a entrada de outro hóspede. Havíamos acabado de chegar da praia e então tivemos que utilizar o banheiro coletivo. Detalhe era a água gelada do banheiro (o do nosso quarto era bem quentinha) e tinha o incoveniente de ser coletivo, ou seja, vira e mexe alguém mexia na maçaneta da porta como se dizendo pra sair logo de lá.

Mas o Laranjeiras tinha uma creperia onde fazíamos as refeições do café da manhã com algo além do pão com manteiga que ouvi dizer, era a única coisa servida em albergues. Tinha suco natural, frutas da estação, bolo caseiro, patê até salsicha!!! A noite virava um burburinho de gente de tudo quanto é nação, conversando e tomando cerveja. Me pareceu um ótimo lugar para fazer amizades e claro, com um precinho pra lá de acessível...

Duas igrejas lindas da Ordem Franciscana ram vizinhas á nossa morada. A Igreja de São Francisco da Terceira Ordem possui diversos painéis de azulejos português que me deixou boquiaberta...

A Igreja de São Francisco ao lado, muito mais suntuosa era toda talhada em madeira e coberta de ouro do chão ao teto, de deixar qualquer um "abestado" de nem saber para que lugar olhar primeiro. Pena não ter registro fotográfico já que flashes não eram permitidos e a imagem da câmera digital ficou muito ruim...

Da Cidade Alta para a Cidade Baixa, o Elevador Lacerda era o ponto de conexão por cinco centravos o trecho e em poucos minutos, a gente tinha acesso á Baía de Todos os Santos. Utilizamos o Elevador mais de uma vez já que o valor era irrisório e dava acesso á um terminal de ônibus que nos ligava á qualquer parte de Salvador.

O Elevador tem a saída em frente ao Mercado Modelo. Mas para chegar ao Mercado, tivemos que nos desviar de uma poça gigante (chove pra caramba em junho!!!), alguns camelôs e umas ciganas.

Ainda não cheguei á uma conclusão se gostei ou não do Mercado Modelo. Não vi grandes novidads em relação ao artesanato, nem preços atrativos, nem era bonito de se ver. Gostei mesmo foi da baiana que vendeu uma pimenta e uma cachaça pra gente. Parecia entender bem o que nos vendeu... rssss