Sunday, September 12, 2004

E pra quem andava com saudade das sagas, lá vem Teresa... sorry people, mas tô numa de estudar um pouco sabe... de qualquer maneira, arrumei um tempinho entre uma ligação e outra para meu chefe e olha só ...

Eu, Petita e Lá fomos passar o feriadão em Maresias.
Sexta-feira á noite, a Lá ligou pra dizer que tinha descolado um lugar pra gente se hospedar na cidade e se eu topava. É claro! O calor chegando, eu não iria dispensar uma praia por nada neste mundo. A logística era o seguinte, a Lá ia me buscar no Novotel, onde eu tinha a aula de Pós no sábado ( e depois de um almoço dançante... rs... com direito a feijoada e caipirinha ) e então partiríamos para o apê de Petita no Jabaquara, de lá direto pra praia.
Pra chegar na casa da amiga já foi um verdadeiro transtorno, já que a galera que não tinha saído de Sampa estava toda concentrada na direção da Sweet Home dos Sartori, mas o trampo mesmo foi conseguir passar da Riviera de São Lourenço, um carro por vez pra passar naquela estradinha... a Petita lembrou da capacidade de carga... Eu, lembrei da conversa com a Rê - minha miga de pós - que depois de tantas manifestações da tiazinha histérica e estressada, de cabelos vermelhos que trabalha em um hotel no Centro, querendo saber como funcionava o raio do cálculo da capacidade de carga, exprimiu de forma bastante inteligente: "pra quê ela quer saber como calcula a capacidade de carga? é só ela saber quantos apartamentos tem no hotel dela que ela vai saber quanto ele comporta"...
Não bastasse o tráfego, todas estávamos morrendo de vontade de um xixizinho e nenhuma infra naquela bodega. Sem contar que a Pousada estava um pouco escondida e não encontrávamos o endereço da dita cuja. Nesse exato momento, o celú da Petita tocou e a miga começou a dar uma assistência psico-emocional pra indivídua que tinha ligado, uma história trash que não vem ao caso neste momento, mesmo porque a miga sofre dos nervos e não poderia passar nervoso ao ler essa saga.
Demos de cara com a Vivi, companheira de trabalho da Larissa, que já estava instalada no local e foi logo socializando a galera conosco. Eis que aparece o dono da Pousada: um pouco hippie, meio surfista, quarentão, querendo dar uma de gatão de meia idade, ultra saudável - como ele mesmo disse ao se auto-promover pra Lá - e que curtia uma rave pra dançar a noite inteira e encher a cara... foi como ele se descreveu.
O cafofo era do gênero casa na árvore, com direito á uma varanda inacabada com um varal que dava um ar meio cortiço, sabe roupa pendurada na janela? Lá tinha os varais, mas era algo estilo improviso...O quarto ficava em uma espécie de sotão, tínhamos uma TV que só pegava a Globo e um banheiro funil.
Nosso lar na praia era um puxadinho do lado do outro e nossos vizinhos:uma iguana do tamanho de um jacaré, uns cachorros que latiam todos os dias ás 5 da madruga e um som de tecno que começava as 22h e ia até as 8 da manhã do outro dia.
Ficamos na preguiça até altas horas e fomos para a praia no calor do meio-dia. Andamos, andamos e andamos pra encontrar um ser que alugasse uma cadeira e um guarda-sol. Escolhemos nossa área na praia sem prestar muita, pra dizer a verdade nenhuma atenção , ao nosso entorno. Resultado: de frente pra gente tinha um tiozinho bem escrotinho, logo apelidado de SANGUE NO ZÓIO (baseada em uma história de mano que a Lá escutou dia desses no busão), que fingia que lia o jornal enquanto pagava pau pra tudo quanto é menininha de trajes de banho. Até comentei com a Pê que o cara de pau lembrava bem o tal tarado da praia de outrora...
A gente também tentou um bronze com urucum que tava difícil de rolar, já que no domingo, o sol foi embora não era nem duas da tarde. O negócio foi ir tomar uma cervejinha com sashimi nos Alemão. Para nossa fúria, adivinha que som rolava no bar? Tecno claro. Nove e meio entre dez lugares tocam ritmos desse tipo. Com exceção do bar temático de surf, que eu não me recordo o nome, que além da decoração de pranchas de surf, daquelas long board que eu acho que a galera não usa mais, tinha umas propagandas de marcas do arco da velha, como a OP... nossa, eu devia ter uns 11 anos quando isso era moda. Sem contar o tiozão, hostless do local, com uma cara de ator americano que só indo lá pra ver...
Mas engraçado mesmo era a praia. Eu e a Lá fizemos uma lista das tendências para a primavera em Maresia:
O ítem número um, the best, é ter uma sunga bizarra: com coisas escritas, com estampas psicodélicas ou cores cor de burro quando foge. Imagine, você amiga, na praia com seu caju e ele de tanga branca cheio de letrinhas pretas em negrito, o bumbum amassado... deprimente;
2) Sunga vermelha ou branca, biquini vermelho ou branco, qualquer coisa vermelho ou branco, inclusive o bronze (vermelho) ou o não bronze (branco)... hahahaha;
3) Ter pança (pança mole, pança branca, pança dobras, pança pra fora do calção, pança escondida no calção, pança cerveja, pança TPM;
4) Usar canga como echarpe. A mulherada adere ao modelito em peso ao final da tarde, já que lá venta pra caramba, coqueluche total;

Ah claro, como sempre acontece com a Petita... ganhou um bolo de chocolate na praia, um remédio na farmácia e um sorvete da Rochinha... sei lá o que a miga tem, só sei que até táxi de graça eu já andei com ela em Natal. Toda a galera se dobra á simpatia da miga. Afinal, não tinha muitos musos de verão por lá, mas a gente já pode eleger a Miss Simpatia... hehehe.

Beijos na vida:
Dani

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