Thursday, January 15, 2004

Saga ecológica: neblina, natureza, trilha e uma vontade incontrolável de fazer xixi.

Deisoca sempre verde verdadeira convidou a galera pra passar um dia diferente em um aniversário diferente para uma pessoa diferentemente do bem: ela própria!

Fomos para Paranapiacaba, subdistrito de Santo André, logo ali, em um dia de garoa fina e animação. A festa prometia porque a Deisoca tinha uma programação especial preparada: um café da manhã em uma casa antiga, uma espécie deSaloon onde os engenheiros que trabalhavam na construção da ferrovia iam se divertir... havia no cronograma uma trilha com interação intensa com a natureza a ponto de alguns "elementos" se jogarem na cachoeira gelada em um dia de frio tropicalmente nórdico e claro, uma comidinha caseira com direito a um suco delicioso de uma fruta da região que eu sei lá qual é o nome.

A saga começou pra sair do meu apê. No sábado á noite, após os costumeiros sucos de melancia na Ilha de Santa Cruz, eu e Petita tínhamos acordado que a aventura da Deição ia ser verdadeiramente bacana, que não podíamos deixar de participar do evento e foi quando eu sugeri o Papito de motorista particular das nossas vidas e o tirei da cama no Domingão bem cedinho.

A Pê, quem diria, chegou a tempo de esperar eu ir buscar umas gulas no mercado, pra ela comprar um filme para a máquina fotográfica, pra mamys preparar o café da manhã e pra Deisoca ligar vezes e vezes pra saber se a gente estava a caminho.

Enfim, o que era pra começar as 8h30 da matina acabou rolando quase as 11h.

No caminho pra "cidade fantasma" de Paranapiacaba, uma galera animadíssima do Rotary disputava a "São Silvestre" do local. Eis que a gente foi obrigado a interromper o percurso pra abrir alas para os esportistas. Sem deixar barato, alguém sugeriu: "vamos tirar uma foto correndo com a galera?" e lá se foram Deição e Petita ovacionadas pelos corredores, enquanto o Flávio Verdadeiro gastava todo o seu talento pra fotógrafo, eu e o namorado da Deise de expectadores estarrecidos no carro.

Mas Paranapiacaba simplesmente parece não estar lá, totalmente encoberta por um fog by London , a passarela por cima dos trilhos do trem e o relógio inglês só conseguem ser vistos muito de perto ou quando o sol forte faz desaparecer a névoa.

Escolhemos 2 trilhas e a Mileide (nossa guia) saiu em disparada pra nos levar mata adentro e a lançar histórias trashes de mortos, fantasmas, espíritos e sei lá mais o quê. O Flávio , depois de muito blábláblá mórbido acabou lançando: "ai, acho que tô ficando deprimido!".

Depois de hoooooras, as meninas resolveram ir lá no matinho mesmo pra fazer xixi. Já estavam quase aliviadas quando surgiu um ser do nada, aliás, da neblina, em direção á moita. Gritos e risadas á parte, o moço jogou a cabeça para o lado contrario ao barulho e com passos apressados e o semblante de poucos amigos e de quem não estava gostando nenhum pouco da zoeira, sumiu da mesma forma que apareceu.

Vários escorregões e enfiadas de pés na lama depois, chegamos enfima ao final da trilha pra poder viver nosso momento Somália, muito felizes por ter um omelete como refeição...

Beijos na vida:

Dani


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