Saga III: A saga-mór: o casório
A Déa trabalha na Facú e foi lá que a conheci. Engatou um romance com um professor da Uninove onde ela dava aulas á noite. Mas a saga começou mesmo no dia em que eles resolveram se casar. O noivado já foi um aviso: a galera reunida em volta do bolão de festa confeitado e refrigerante enquanto o carro de som lá fora, gritava pelo noivo para que ele (e a vizinhança toda )escutasse a declaração de amor da Déa.
Decisão tomada, o casório ia acontecer em junho. Foi quando pintou o convite: eu e a Pê seríamos as damas de companhia (espécie de damas de honra crescidas que acompanham a noiva na entrada, fazem uma figuração no altar e saem felizes - afinal damas de companhia é verdadeira coqueluche nos filmes americanos. * Ver: O casamento do meu melhor amigo, Casamento Grego e outros da "mesma linha")
O fato é que de tempos em tempos a Déa ligava pra saber se a gente já tinha decidido a cor do vestido ( não podia ser o mesmo das madrinhas), o arranjo do cabelo ( de preferência igual ao da noiva) e outros pormenores - pra gente - mas que pra Déa era importantíssimo. Acabou não rolando o lance porque a Petita foi pra Netherland e eu não quis embarcar nesse sonho da miga sozinha.
Mas a Déa tava verdadeiramente neurastênica: ligava todos os dias na igreja pra saber como estavam os preparativos, trocou as roupas das damas de honra praticamente na véspera do enlace, além de atormentar o fotógrafo pra saber quando e onde deveriam ser feitos os closes.
Essa era a impressão que dava ao ver a Andrea: muito magra e um pouco louca.
A Pê tava na Holanda mas fez a Deisinha ( a Mammys) prometer que ia no casamento comigo e foi.
Pra chegar na casa da P. foi a saga de sempre. O meu papito NUNCA encontra a casa da miga apesar de já ter me levado lá mil vezes. Eu, nunca sei ir de carro, vou sempre andando do metrô até o prédio e acho facílimo.
Chegamos tarde como sempre porque perdemos 15 minutos pra encontrar a Sweet Home dos Sartori.
A cunhada da Pê carioca tava muito mal de gripe ( choque térmico de chegar em Sampa), a vó me dando esfirras pra comer e o vô contando do dia em que a Paty conheceu o Michel ( o namorado holandês da miga) em Belém ( na verdade foi em Natal, mas eu não quis comentar... primeiro porque o vô tava muito feliz e fofo e segundo, porque eu bem sabia do acontecimento amoroso porque estava presente no episódio). A Deisinha linda e chiquérrima como sempre e lá fomos eu e Deise pra láaaaaa do Horto Florestal.
Saga mesmo com direito a congestionamento no Campo de Marte por causa de um show Gospel.
Chegamos hiper tarde e o festão da Déa rolava solto com direito a telão com fotos dos noivos da infância ao dia do casório - verdadeiro momento flash black love story. Mas o clímax aconteceu quando uma atriz vestida de coração adentrou ao salão e contou o primeiro dia de affair até o dia do casório e tudo com trilha musical da atriz - cantora.
Mais ou menos assim: A Déa se apaixonou pelo Marco... " meu coração , não sei porquê, bate feliz , quando te vêeee..." e ele se apaixonou por ela ( nem sei se a ordem foi essa mesmo, desculpe Déa mas devo ter me entretido com outra coisa nessa hora) e vinha outra canção: " se todos fossem iguais á você, que maravilha viverrrrr" e termina com o hino do casório... " eu sei que vou te amar por toda a minha vida, eu vou te amarrrr..."
(continua... o próximo é pra galera do français...)
Beijos na vida:
Dani
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