Dia do Indio

Mas eu vou falar... não tem coisa mais selvagem do que andar de busão em São Paulo! Tem gente de tudo quanto é tribo, por exemplo, hoje tinha um rapaz com fones de ouvido cantarolando para quem quisesse ou não ouvi-lo. Eu achei que o “mano” estava cantando algum rap, ele não tinha melodia para cantar, parecia estar declarando alguma coisa, como no rap ou no hip-hop, mas qual não foi minha surpresa quando ele decidiu tirar os fones e escutar as músicas em alto e bom som? Era música gospel!!! Siiim, Jesus eu te pertenço, minha vida é só sua, tudo pra mim é você... algo desse tipo. Depois tinha uma branquelona com drads no cabelo.

Outra que todo o mundo quer ser cacique e mandar no itinerário ou quem pode ou não entrar no ônibus lotado. Quem está dentro da sardinha, fica palpitando pra não deixar entrar mais ninguém e o coitado do motorista se justificando: “estou apenas cumprindo o meu papel de motorista, sou empregado, a empresa de ônibus manda eu abrir a porta para o pessoal embarcar, eu obedeço!”. Ou, para (esquisito escrever para sem acento)! A mulher tá com criança! Mas ninguém quer parar para o velhinho... vá entender!

Sem contar as maquiagens das meninas. Tem umas pintadas para a guerra! Hoje saí de casa com o galo cantando e ainda é terça-feira, nem é dia de balada... Também tem pajé, afinal, a auto-medicação é algo constante nos dias de hoje. Outro dia até recebi um torpedo de minha amiga do trabalho, que lembrou no meio do trânsito caótico, em sua volta para casa, do nome de um anti-alérgico! Gente, eu não estou brincando, até guardei o tal torpedo porque se eu contar, ninguém acredita...

Só faltou o povo andando pelado, com uma folhinha para esconder as vergonhas!

PIC: A foto mais indígena que eu consegui veio do México!Hihihi