Ela é Rosa Choque

Combinei com Petita dez e meia já que o filme começava às onze. Mas sua pontualidade anti-britânica já denunciava que mesmo assim se atrasaria. Sorte que houve um atraso para o início do filme por sei lá qual o motivo. Ao final da sessão, haveria uma interação do público com o diretor de Le Petit Nicolas. Uma tiazinha da primeira fila e chapéu (acreditem, permaneceu a sessão toda com o dito cujo na cabeça!), balançava as mãozinhas insistentemente, tentando se manifestar. Petita, muito sagaz, logo lançou um "estou com medo dessa pessoa". Pois quando deram a palavra à tal senhora, a pergunta era sobre Le Petit Prince. Helloooooooo? Ainda bem que a senhora assistiu o filme todo e prestou atenção, c´est bien?

Resolvemos tomar uma cafézinho na Starbucks e qual não foi minha surpresa em encontrar a senhorazinha e uma amiga causando por ali. Mas o mais esquisito era uma outra senhora com vestimenta de gosto pouco duvidoso e muitas pastas, sentada na mesinha da Starbucks, sem consumir nada e olhando desesperadamente para os lados. Tratei logo de esconder todos os presentinhos que Petita me trouxera de sua viagem pela Europa.

A amiga quis comprar uns shampoos, que descobri mais tarde, ela perdeu no meio de nosso trajeto nesse dia. Também me mostrou, ali dentro da loja, todos os batons de tons cor de rosa pink que ela possuia. Era bem uma meia dúzia, mas o que me deixou mais indignada foi ela lançar um batom da MAC, que deve ter custado várias pilas e com aquela cor tão horrenda. Nunca mais use isso quando sair ao meu lado!!! Eu te proibo, amigaaaaa!!! Fiquei rosa chiclete Bubble Gum... medonho!

Bom, a amiga pode ter perdido no momento em que o Bradesco bloqueou a senha dela, mesmo que ela não tenha digitado a senha incorreta por três vezes no Caixa Eletrônico e depois de termos tentado todos os caixas e o bankfone e ninguém resolver nada. Ou quando fomos à outro banco e ela se sentou nas escadas para ligar para a mamuska e pedir uma carona de volta para casa...

No fim tudo terminou lindamente na lojinha de Scrapbooks. Já estava fechada, mas a moça do restaurante tinha a chave e podíamos comprar qualquer coisa que tivesse preço!