
De mansinho
Esse negócio de labirintite é um alerta para eu ir com mais calma. Escuto as pessoas me dizerem: ahhh, isso é estresse! Estresse com o quê? Com o trabalho? Lá, eu realmente não me estresso porque já acostumei com o jeitão das pessoas. Por enquanto estou pagando todas as minhas continhas em dia, até aquelas que às vezes a gente não conta e ela aparece... Em quase cinco anos de namoro, só me estressei uma vez com o Má e a gente não devia ter três meses de namoro. Graças a Deus está tudo tranquilo em casa. Então me diga, que estresse é esse?
Mas algo em mim começou a levar a vida com mais lentidão, os movimentos bruscos me deixam com vertigem ou nauseada. Daí estou respirando mais fundo, devagar, deixando o ar entrar bem no pulmão e irrigar tudinho lá dentro. Estou fechando os olhos, prestando mais atenção nas coisas, nos detalhes, nos sons, nas paisagens. Me alongar. Espreguiçar. É como se a correria do dia a dia tivesse tirado o meu tempo de olhar para mim. Agora eu faço de tudo para meu próprio bem estar.Algo em mim começou a deixar as coisas acontecerem. Não tenho mais pressa.
Levanto mais cedo e vou andando bem devagarinho até meu destino. Abandonei o carro por uns dias. O barulho do motor é irritante. O rádio e aquele bláblábláblá. E tem os congestionamentos. E tem os semáforos. E tem os apressadinhos. E os barulhos e suas buzinas. E os motoqueiros barbeiros e os pedestres suicidas, que praticamente se jogam em frente ao seu carro para atravessar a rua. Fora da faixa. Até percebi que em frente ao metrô tem um rapaz que vende milho verde em um carrinho e tem um cheiro incrível esse milho!
Levar as coisas com calma faz a gente perceber os segundos, os minutos, as horas. Tudo é a favor e cada coisa tem um quê de especial.
De verdade, não devo ser tão tonta assim... Hehehe
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