Dois

Dois anos é muito pouco para quem esperaria o resto da vida, mas pode significar muito se um de nós faltasse amanhã.
Por isso não quero contar o tempo, não esse tempo do relógio, que corre louco e se esvaece depressa. Quero um tempo de ciclos para lembrar não de um dia, mas de como fomos felizes em determinado verão, extremamente apaixonados naquele período de lua cheia, secos e aquecidos apesar daquela temporada de chuva... Do ciclo da vida: nós jovens, maduros ou envelhecendo juntinhos.
Dois anos é muito pouco para conhecer uma pessoa. A gente vive o tempo todo com nossa família e sempre nos surpreendemos com determinadas atitudes “inimagináveis”... mas é tempo suficiente para reconhecermos pequenos gestos e sinais que só duas pessoas ligadas pelo coração podem saber. Seja um pisão no pé em troca de um beijo, uma espreguiçada depois do almoço que faz arrepiar, um carinho que faz cócegas, um cafuné que faz dormir.
Dois anos pode ser muito pouco para você saber se realmente me ama, mas é o suficiente para eu saber que te adoro demais e nem consigo pensar em como seria se eu não tivesse você ao meu lado agora.
Dois anos somos nós. Somos eu e você.