Vida de cão - Aproveitando para apresentar o Flóid, Fleud ou Floyd (sei lá como se escreve o nome do cachorro da minha irmã).

Não vou falar da vida do cãozinho – que dorme, acorda, brinca, come, faz xixi, faz cocô, vai passear, dorme mais um pouco, suja tudo de novo, come etc. Estou falando da nossa vida, ás vésperas da eleição presidencial e diga-se de passagem, que decepção! Com minha consciência tranqüila não votei no Lula porque achei – e continuo pensando – que ele não é um bom presidente para nosso país, entretanto, fiquei feliz que o povo o tivesse eleito como seu representante. Só que agora, a menos de uma semana da urna estou amedrontada de saber que o teremos no poder por mais quatro anos. Não consigo enxergar nada de bom no seu mandato: não tem mais emprego, não diminuiu a violência, nem ajudou os aposentados, nem a educação e saúde, nem o transporte, nem os sem-terra, os sem-teto. Só vejo que ajudou a enriquecer seus companheiros de partido, sem ver nada, ouvir nada, nem saber de nada. Deplorável! Há algo podre no reino da Dinamarca?? Pois me parece que nos afundamos em uma grande sujeira... Mas continuemos assim: doentes e fracos para não lutar; analfabetos e ignorantes para não questionarmos as atitudes dos nossos governantes; com medo e trancados em casa para não enfrentarmos o poder; miseráveis para nos contentarmos com as esmolas que nos fazem vender votos em troca de pão e circo.
É, quem me dera ter uma vida de cachorro...

Daniela Ohira, 27, trabalha 40 horas semanais para ganhar dinheiro digno e pagar suas contas em dia. Além do mais, vai ser obrigada a ser mesária em mais uma eleição. Tudo em favor da ordem e do patriotismo autoritário.