Onde é que vamos parar??

Tava conversando com a mamuska ontem pra ver se chegávamos em alguma conclusão de onde o mundo vai parar... Essa semana já tinha visto uma cena que fez pensar que daqui para a frente, as pessoas tendem a ser bissexuais e me deu um medo de ter filho algum dia na vida. Será que eu vou saber lidar com determinadas situações?? E entrei em conflito interno, já que não tenho preconceitos em ter amigos homossexuais, mas ter um filho, alguém em quem eu vou achar que tenho o direito de dar opiniões na vida alheia... sei lá, me pareceu demasiadamente complexo para minha filosofia arcaica. Aliás, acho que estou com vontade de me aprofundar em assuntos de filosofia, sociologia, antropologia e religião. Fico tentando entender o que acontece diariamente, tudo é louco demais para minha cabecinha e vejo que sei pouco sobre tudo aquilo que atormenta a psique.
Também percebi que se passou um ano de conclusão da pós e minha cadeirinha já tá esquentando porque vejo traços de manisfetação “preciso voltar a estudar”. Tudo começou com o retorno aos livros: tô na página 725 do livrão do Rubem Fonseca que a Clá e a Rê me deram no meu niver em 2005... Não satisfeita, iniciei novamente a leitura do livro que o Ulisses me deu para treinar o francês “Voyage au Centre de la Terre” e agora essa prosa de me aprofundar em “papo cabeça”. Hahahaha.
Deve ser por causa de uma certa monotonia diária. Fazer tudo, tudo igual, todos os dias... Acho que isso é influência da globalização na minha mente perturbada, que acha que não dá pra ter essa vida regradinha de trabalho para casa e de casa para o trabalho, essa idéia de que precisamos de mais: mais informação, mais movimento, mais consumo, mais everything!! Páro para pensar na vida dos meus avós: acordar cedo, ir para a roça, almoçar, tirar uma sonequinha, voltar ao trabalho, jantar, tomar banho, dormir... uma vida toda dessa maneira, será que eu conseguiria?? Lembrei de uma música da Adriana Calcanhoto que diz assim: “Eu ando pelo mundo / E os automóveis correm para quê? / As crianças correm para onde? / Transito entre dois lados de um lado / Eu gosto de opostos / Exponho o meu modo, me mostro / Eu canto pra quem?”
Pra quê tudo isso? E onde é que vamos parar???