Uma saga mineirim...

A Clair e a Rê iam para Ouro Preto festejar a Festa do 12 (aniversário da Escola de Minas) no feriadão. Assim, a Clá convidou a mim e a Pauletts para dar um "espinofe"* no evento...

Nossa saga começou com uma troca de emails malucos com direito a pacto de (não falar em) trabalho - a Clá, a Rê e a Paulitchas trabalham juntas - selado com cuspe e da perguntinha básica que não queria calar: "que será que eu faço quando fico bêbada?". Deprê, vermelha, canto, dou risada e cambalhotas etc, etc e etc. Sem contar o check list pra Rê não esquecer nada... apesar de ela ter esquecido...

Suuuuper correria pra todo o mundo sair do trampo, tomar um banho, comer alguma coisa, pegar as bugigangas e coooooorrreeeeeerrrr pro abraço! Lá vamos nós pra Ouro Preto. Era saga de todo o jeito, carregar a mala não foi fácil e precisei das duas mãos amigas do tiozinho cobrador no busão pra poder conseguir subir as escadas. Um ventão sei lá de onde que invade o Metrô da Ilha de Santa Cruz por todos os lados e eu quase lançando meu edredom pra me aquecer enquanto esperava as meninas no banco da estação.

Rê e Clá me resgataram antes que eu pudesse congelar e lá vem a Pauletts... nós quatro parecendo contrabanditas paraguaios com aquelas malonas todas!!! Tava vendo a hora que o tiozão do metrô iria parar a gente pra averiguar nossa bagagem. Hahaha

Viagem tranquila, todas nós ultra cansadas só acordamos pra valer mesmo quando estávamos em BH!!! Uma fila gigante pra comprar a passagem de BH pra Ouro Preto e eu já achando graça da maneira de falar dos mineirim... A Clá negociou um táxi com um tio muito gordão pra que ele nos levasse até nossa morada, afinal, Ouro Preto é garrado dali...

Uma música sertaneja bem à moda de viola saía do toca-fitas do gordão (bom lembrar o sonho premonitório da Rê que nunca consegue dormir no caminho pra Ouro Preto - e já era a quarta vez que ela estava indo pra lá - e não só dormiu como sonhou com uma baleia!!!) que de cara nos avisou que precisava abastecer o táxi com gás. Primeiro posto tava fechado, o segundo posto tava fechado... a Clá se manifestou: "Pôxa, mas que hora o povo começa a trabalhar nessa cidade?" Calma Clá, são seis da manhã e a gente não está em São Paulo. No terceiro posto e tiozão tentou saiu do banco, upa, upa... 1, 2, 3 e já. Ufa!! Conseguiu sair do carro pra acompanhar o frentista no processo de abastecimento a gás. Entrou de novo pra seguirmos viagem.

Vruuuummmm, putz o porta-malas abriu! Hahahaha! Realmente a gente não tinha mesmo muita coisa nas malas... opa, o tio vai tentar pôr o cinto de segurança... 1, 2, 3 eeee 1, 2, 3 eeeee 1, 2, 3 e já. Aêeeee!!!

Olha a manivela! Eita carro lerdinho sô... e as meninas meio que empurrando o carro com o corpo já. Vai lá, tiozão!! Vamô aê ultrapassar o caminhão do correio. Primeira tentativa, segunda tentativa, terceira tentativa... isso, agora cê já tá paralelo ao caminhão... vrum, vrum... isso, vai mesmo bem devagar que a faixa contínua nem tá perto mesmo. Depois de uns bons minutos ele enfim passou o caminhão. E agora que estamos na frente, sem nada para nos atrapalhar, podemos visualizar a paisagem... opa, mas o que é isso do nosso lado, ou melhor na nossa frente de novo? Droga, o caminhão do correio!!

O importante é que está calor e sol e lá vem a curva!! Caramba de onde surgiu essa nuvem e essa garoa fina? Minas é mesmo muito estranha...

(continua...)

* espinofe = spin of ( mas isso é outra saga pra contar depois)