A Saga do relatório:

"Faz-me rir", disse a Larissa outro dia. Pra que complicar se a vida nem é tão complicada assim? Sexta-feira eu abortei os compromissos sociais pra terminar os quatro relatórios da Pós-Graduação. Depois de ensinar o caminho do metrô Consolação para o Anderson ( tava um suuuuuper trânsito e ainda por cima a gente não encontrava um estacionamento que funcionasse até depois das 20h), cheguei em casa, tendo que achar o meu computador e periférios no meio do cortição aqui de casa, montá-lo, encontrar o arquivo do Novotel pra enviar pra Clá. Graças ao abençoado "Conference" MSN, nós terminamos tudo pouco mais de meia-noite e meia.
Combinamos de nos encontrar ás 8h15 no último vagão do metrô Santa Cruz. Só tive uns contratempos pra encontrar umas coisinhas na bagunça : "cadê minha lente de contato?" Deixa, eu vou de óculos mesmo. "Caramba, onde está o meu caderno?". "Olha só, achei as lentes!!". E vou colocá-las. "Putz, onde será que está o caderno?". Vou levar o de francês mesmo... e o ônibus nunca chegava pra me levar até o metrô. Desci as escadas correndo (tipo o "Elas não são loiras" do People + Arts, a negona descendo uma ladeira correndo com um monte de coisas nas mãos) e a Clá com o pézinho dentro do vagão, decidindo se entrava ou não. Eu sinalizei pra ela entrar. Tchbuumm... me joguei no primeiro vagão que eu encontrei na frente.
Pra variar, chegamos atrasados DE NOVO na aula. Não por minha culpa, mas porque o Mauri costuma trabalhar em dois empregos na sexta e sempre perde a hora no sabadão pela matina... Mas era aula do Mário Beni, o cabeção-mór da Academia, o bambambam do Turismo e pra quem não o conhece ou não é do ramo, ele é fisicamente uma mistura do Boris Ieltsin com a cabeleira do Donald Trump. Sei lá qual parente dele tava doente e o tio Beni precisou abortar a missão de dar aula o dia inteiro pra gente.
Resultado: botaram uma professora substituta com síndrome do "Eu sou demais" e a galera se revoltou. Ficou quase todo o mundo muvucado na salinha de descanso enquanto a pseudo-francesa tentava impressionar a turma do auditório que Comunicação é mesmo legal. Quando entrei na sala, ela estava chamando a Salete de Sassá e o Edson de Fofo...
Mas o dia tava muito gostoso e eu e a Clá fomos para a Feira de Artes e Artesanatos da Benedito Calixto, enquanto o Mauri foi preparar uns drinks para uns convidados no trampo. É nesses momentos que o meu "EU" hippongo se manifesta. Quisera eu largar o meu "trabalho pra ganhar dinheiro" e ir viver de artes.
Á noite, fui com a Clá e a Carolws para o Espaço Unibanco ver a Mostra de Cinema. Quer dizer, o filme começava ás 22h e então decidimos ir comer uma pizza e ficar de papo. Adorei quando a Carol se manifestou: "Gentem, eu paro assim no ponto de ônibus!" E cruzou os braços acima do peito, com a palma da mão enfiada embaixo das axilas, só deixando ver os polegares, um dos pézinhos pra frente. "Parece menino, né? Eu não gosto. Mas como eu tenho que parar?" "Já sei, POSE SEXY". E colocou um braço na cintura, o outro braço atrás da nuca e empinou o peito pra frente...